A correlação entre a desempenho e o desenvolvimento dos
talentos/competências é particularmente digno de remarca. Hewitt estabeleceu uma relação entre a gestão
dos talentos e os resultados financeiros. 89% das empresas europeias que
apresentam os melhores resultados por ação (“Total Shareholder Return”) tem em
comum o dar uma grande importância ao desenvolvimento dos talentos e competências.
Esse número se reduz a 36% para as outras empresas.
Os desafios e frutos da paixão: o prazer da aventura
Numerosos são as consultorias que procuram definir os níveis
de engajamento dos colaboradores e, sabe-se, desde sempre que propiciar apenas
um bom salário está longe de ser o suficiente, um estudo recente realizado por
MERCER mostra que o salário vem quase em último lugar para os executivos no que
diz respeito a sua motivação.
Essa tentativa por parte das consultorias tradicionalistas é
louvável e tem o grande mérito de embasar a elaboração de uma possível
abordagem para melhorar o nível de engajamento dos colaboradores. Em contrapartida,
se fala ainda muito pouco de uma alavanca que é, no entanto, sem dúvida, a mais
potente de todas: A paixão.
1-Enfrentar um desafio, um challenge a emergir, o que pode
gerar uma forma de medo, ou criar uma tensão até a obtenção do potencial para atingir
a meta. ( de vencer o Dragão)
O circo oferece um exemplo relevante do lugar da paixão.
Que sejam malabaristas, trapezistas,
cavaleiros, equilibristas, acrobatas, palhaços e treinadores de animais, eles se
dedicam de corpo e alma ao desenvolvimento de sua arte, para a superação de
seus limites.
Na empresa, em quantos colaboradores brilha essa chama
sagrada?
Os artistas circenses fazem o que fazem por vocação, seu
trabalho dá sentido a sua vida, nenhum deles se imagina fazendo qualquer outra
coisa. Questionando os artistas circenses, você constatará que, desde muito
jovens, eles sonhavam em fazer acrobacias, em fazer malabarismos... é um sonho
de infância que eles realizam todo dia. A diferença entre eles e muitos outros
trabalhadores é que eles não trabalham, eles brincam! Utopia, dirão alguns! A
esses nós responderemos simplesmente: liberdade!
É o que também estudou o psicólogo americano Mihaly Csikszentmihalyi,
autor de “The flow” e que se inscreveu na escola americana de psicologia
positiva, ele estudou centenas de casos
em empresas, notando que os que estavam engajados tinham um ponto comum: a
paixão, o prazer.
O engajamento em uma atividade, uma ação, não importa qual,
requer energia. O nível de energia vai, então, ser determinante na realização
do objetivo. A partir deste postulado incontestável, ele definiu duas vaiáveis
para qualificar a energia:
O nível de energia ou a intensidade, que pode ser comparada
à força inicial ou à potência.
A qualidade da energia, que precisa com exatidão o estado de
espirito no qual está o individuo. O desafio do engajamento é, então, aumentar o nível de energia. Em regra geral essa liberação de energia se faz
sequencialmente seguindo duas estapas:
2-Reencontrar sua vocação, seu talento profundo, aquele que
vai gerar o prazer e dar sentido ( a paixão)
As pessoas descritas por Csikszentmihalyi como estando no
FLOW conhecem bem essa articulação Desafio/ Paixão, eles o vivem como uma
aventura real, uma aventura humana na qual são heróis, caminham para uma autotranscedência
, para alcançar a excelência em sua arte. Experimentando ao mesmo tempo o
prazer de viver sua paixão. O FLOW é essa energia que circula intensamente e
que faz esquecer o tempo passado. Nós todos, quando crianças, experimentamos
essa sensação, esse fenômeno da transcendência no prazer, o tempo parado, um
sentimento de bem-estar profundo se instala.
Esse mundo, o mundo do coração, da emoção, um mundo onde o mental, o
racional não tem vez, como num sonho.
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