vendredi 23 août 2013

Coaching, um acompanhamento que não se impôe


Se você não sentir necessidade, você terá a tendência de rejeitar uma proposta de coaching. “Se hoje eu tivesse que dar um conselho a um amigo ou fazer uma proposta de coaching a um de meus colaboradores eu tomaria o cuidado de esclarecer de que se trata, como se desenvolve e o que significa, para evitar que ele se fira a priori com esta prática tão mal conhecida. Na realidade ele pode interpretá-la como uma atribuição de incompetência, quando ao contrário se trata de um investimento feito pela empresa em seus talentos: a despesa em si demonstra que a empresa acredita em seu potencial de desenvolvimento e de seu progresso na organização.”

É sempre mais fácil imaginar um acompanhamento enquadrado em uma tomada de função, parecendo mais “anormal” necessitar de apoio externo em outras circunstâncias. Por outro lado uma intervenção mais tardia permite à pessoa que está sendo acompanhada dominar com vantagem situações delicadas sob sua gestão: ela as conhece, já se confrontou com elas e já testou comportamentos variados...

O essencial a lembrar
Se fazer acompanhar é admitir que se tem limites ... e que eles podem ser reposicionados! O próprio fato de conseguir ler nos olhos de quem lhe estima, o sentimento de admiração pela vitória, encoraja a não fazer “sempre a mesma coisa” mas a ultrapassar o próprio limite.


Os Frutos da Paixão


Muitas empresas sofrem atualmente com um nível de engajamento insuficiente por parte de seus colaboradores, especialmente seus executivos. O trabalho, outrora central na vida das pessoas, parece pouco a pouco ser relegado a um segundo plano, dando lugar à vida em família, ao lazer, aos hobbies...
A correlação entre a desempenho e o desenvolvimento dos talentos/competências é particularmente digno de remarca.  Hewitt estabeleceu uma relação entre a gestão dos talentos e os resultados financeiros. 89% das empresas europeias que apresentam os melhores resultados por ação (“Total Shareholder Return”) tem em comum o dar uma grande importância ao desenvolvimento dos talentos e competências. Esse número se reduz a 36% para as outras empresas.

Os desafios e frutos da paixão: o prazer da aventura

Numerosos são as consultorias que procuram definir os níveis de engajamento dos colaboradores e, sabe-se, desde sempre que propiciar apenas um bom salário está longe de ser o suficiente, um estudo recente realizado por MERCER mostra que o salário vem quase em último lugar para os executivos no que diz respeito a sua motivação.
Essa tentativa por parte das consultorias tradicionalistas é louvável e tem o grande mérito de embasar a elaboração de uma possível abordagem para melhorar o nível de engajamento dos colaboradores. Em contrapartida, se fala ainda muito pouco de uma alavanca que é, no entanto, sem dúvida, a mais potente de todas: A paixão.

O circo oferece um exemplo relevante do lugar da paixão. Que sejam  malabaristas, trapezistas, cavaleiros, equilibristas, acrobatas, palhaços e treinadores de animais, eles se dedicam de corpo e alma ao desenvolvimento de sua arte, para a superação de seus limites.
Na empresa, em quantos colaboradores brilha essa chama sagrada?

Os artistas circenses fazem o que fazem por vocação, seu trabalho dá sentido a sua vida, nenhum deles se imagina fazendo qualquer outra coisa. Questionando os artistas circenses, você constatará que, desde muito jovens, eles sonhavam em fazer acrobacias, em fazer malabarismos... é um sonho de infância que eles realizam todo dia. A diferença entre eles e muitos outros trabalhadores é que eles não trabalham, eles brincam! Utopia, dirão alguns! A esses nós responderemos simplesmente: liberdade!
É o que também estudou o psicólogo americano Mihaly Csikszentmihalyi, autor de “The flow” e que se inscreveu na escola americana de psicologia positiva,  ele estudou centenas de casos em empresas, notando que os que estavam engajados tinham um ponto comum: a paixão, o prazer.
O engajamento em uma atividade, uma ação, não importa qual, requer energia. O nível de energia vai, então, ser determinante na realização do objetivo. A partir deste postulado incontestável, ele definiu duas vaiáveis para qualificar a energia:
  
O nível de energia ou a intensidade, que pode ser comparada à força inicial ou à potência.
A qualidade da energia, que precisa com exatidão o estado de espirito no qual está o individuo. O desafio do engajamento é, então, aumentar o nível de energia. Em regra geral essa liberação de energia se faz sequencialmente seguindo duas estapas:

 1-Enfrentar um desafio, um challenge a emergir, o que pode gerar uma forma de medo, ou criar uma tensão até a obtenção do potencial para atingir a meta. ( de vencer o Dragão)
2-Reencontrar sua vocação, seu talento profundo, aquele que vai gerar o prazer e dar sentido  ( a paixão)

As pessoas descritas por Csikszentmihalyi como estando no FLOW conhecem bem essa articulação Desafio/ Paixão, eles o vivem como uma aventura real, uma aventura humana na qual são heróis, caminham para uma autotranscedência , para alcançar a excelência em sua arte. Experimentando ao mesmo tempo o prazer de viver sua paixão. O FLOW é essa energia que circula intensamente e que faz esquecer o tempo passado. Nós todos, quando crianças, experimentamos essa sensação, esse fenômeno da transcendência no prazer, o tempo parado, um sentimento de bem-estar profundo se instala.  Esse mundo, o mundo do coração, da emoção, um mundo onde o mental, o racional não tem vez, como num sonho.